Distantes 18 km de Aracaju, o município de Laranjeiras já foi o mais importante de Sergipe.
Laranjeiras teve sua colonização iniciada no século XVI, após a conquista de Sergipe por Cristóvão de Barros.
A presença dos padres jesuítas na região, em fins do século XVII, teve grande influência na colonização e na religiosidade. Em 1701, os padres construíram a primeira igreja convento, ela ficava à margem do Riacho de São Pedro, o nome de "Retiro"
Patrimônio histórico preservado pela Votorantim Cimentos
Em 1731 os Jesuítas começam a construção da Igreja de Nossa Senhora da Comandaroba. Em um local habitada por grupos indígenas tupi-guarani. Esses índios tinha o costume de plantar feijão, os quais chamavam o feijão verde de comandaroba. Estilo arquitetura colonial.
Antes Laranjeiras pertencia a Socorro, foi elevada a categoria de vila em 1832. Por seu grande centro comercial e exportador, em 1836 é designada como primeira alfândega de Sergipe.
A movimentação pelo Rio Cotinguiba era era imenso e o porto passou a ser parada obrigatória, em torno dele o comércio ganhava espaço, principalmente a troca e vendas de escravos. Em 1637, o povoado das Laranjeiras sofreu com os ataques e depois com o domínio holandês. Muitas casas foram destruídas, mas o porto foi preservado. Só por volta de 1645 os holandeses deixaram Sergipe, o porto retornar a prosperidade ao povoado, que crescia rapidamente.
Em 7 de agosto de 1832, a Assembleia Geral da Província transforma o povoado em Vila independente.
Em 6 de fevereiro de 1835, Laranjeiras passa a condição de Distrito de Paz.
Em 11 de agosto de 1841, torna-se sede da comarca.
Primeiro juiz foi Manoel Felipe Monteiro.
Economia:
Laranjeiras teve na indústria açucareira sua maior fonte de renda. Abrigava centenas de engenhos e depois, usinas. Entre elas, destacaram-se Varzinha, São José Pinheiro e Sergipe.
Além da cana de açúcar Laranjeiras também se destacava pela produção de coco e mandioca, e pecuária. Tinha muitas casas comerciais e ainda tinha agências bancárias.
Laranjeiras já foi o município mais importante de Sergipe. Berço da cultura, educação, política e economia, só não tornou-se capital do Estado devido a uma manobra política do Barão de Maruim, que trabalhou para transferir a sede de São Cristóvão para Aracaju.
Em 1860, Laranjeiras recebeu a visita do Imperador Dom Pedro II e da Imperatriz Tereza Cristina.
Berço cultural do folclore:
Lambe-Sujo
Cacumbi
Laranjeiras também é referência no folclore: O Reisado, Guerreiros, Lambe-Sujos, Caboclinhos, Cacumbí, Taieira, Samba de Parelha, São Gonçalo, Batalhão 1º de São João, Chegança Almirante e os Penitentes.
Filhos Ilustres:
João Ribeiro: (1860), foi poeta, filólogo, poliglota, tradutor, historiador, gramático, jornalista. Formou-se em direito no Rio de Janeiro. Foi o primeiro sergipano eleito imortal na Academia Sergipana de Letras.
Horácio Hora:(1853) foi um pintor brasileiro, e um dos mais destacados representantes da pintura do Romantismo.
Martinho César da Silveira Garcez: Foi deputado provincial de por Sergipe, presidente do Estado, senador. Foi jornalista , advogado, professor de direito no Rio de Janeiro.
Zizinha Guimarães: (1872), foi professora, dominou o português, aritmética, geografia, história, francês. Fundou a Escola Laranjeirense.
Outros: João Sapateiro, cônego Philadelfo Jonathas, dona Lalinha...